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Publicado em 07/06/2018

Produtos perecíveis exigem maior cuidado nas operações logísticas

Pesquisas dimensionam o tamanho do problema que o mundo e o Brasil enfrentam com relação ao desperdício envolvendo produtos perecíveis.

Agricultores, fabricantes e operadores logísticos que participam da cadeia de produção alimentícia sabem o quão difícil é a tarefa de gerenciar o transporte de alimentos perecíveis. E entre os principais fatores que tornam essa tarefa uma verdadeira missão, podemos citar as dificuldades de se transportar alimentos em estradas precárias, com climas diversos e, ainda assim, manter a qualidade dos alimentos que chegarão à mesa do consumidor final.

Nossa infraestrutura de transporte deficiente acarreta grandes perdas de produtos, com elevados prejuízos para os produtores. A Organização Mundial da Saúde (OMS) argumenta que é responsabilidade dos envolvidos na cadeia de produção, garantir a segurança dos alimentos; e para que isso aconteça da forma correta é necessário que os agricultores, fabricantes e fornecedores conheçam as peculiaridades da logística alimentícia, pois o objetivo é prevenir perdas, minimizar riscos, evitar a deterioração e qualquer contaminação.

Para evitar a deterioração dos alimentos no decorrer dos processos de transporte e armazenagem, os envolvidos na cadeia de proteção devem conhecer as restrições de cada alimento perecível e entender as suas características físicas, químicas e biológicas.

De modo geral, existem duas condições que devem ser observadas para a preservação dos alimentos:

– Físicas: tipo de embalagem, vibração e impacto no transporte, cuidados no manuseio, na estocagem, empilhamento etc.;

– Químicas e biológicas: controle de umidade, temperatura para o armazenamento e transporte, necessidade de ventilação e iluminação, tempo, risco de contaminação, exigências sanitárias, entre outros.

Para que o transporte de produtos perecíveis seja realizado com segurança e sucesso dentro da cadeia logística, alguns detalhes merecem uma atenção mais que especial.

Acondicionamento (embalagem e unitização)

O tipo de embalagem é o primeiro fator a ser considerado ao se transportar alimentos perecíveis. Mas é importante lembrar que o termo “embalagem” não se refere apenas à caixa que acondicionará o alimento, mas também aos contentores, paletes e contêineres que irão acomodá-lo desde a fase de armazenagem até a de transporte ao ponto de venda. Uma embalagem pode ter função:

  • Primária: a embalagem primária é aquela que empacota o alimento e é disponibilizada no varejo para o consumidor final;
  • Secundária: a embalagem secundária pode ser a bandeja ou o filme que acondiciona a primária, para que esta chegue em perfeitas condições no ponto de venda;
  • Terciária: as terciárias são os contentores, que unitizam as embalagens secundárias e facilitam o manuseio da carga nos processos de transporte e armazenagem;
  • Quaternária: as embalagens quaternárias são os paletes padrão PBR (utilizados no Brasil), que unitizam as embalagens terciárias para o transporte;
  • Quinária: as quinárias são utilizadas para o transporte, podendo ser contêineres isotérmicos ou refrigerados padrão ISO (universal) ou embalagens especiais.

Armazenagem
Os processos de armazenagem também demandam muita atenção da equipe envolvida. Isso porque é na hora do armazenamento que os alimentos são bastante manuseados, o que aumenta as chances de sua embalagem ser danificada. É por isso que tanto as instalações físicas do armazém e os equipamentos quanto os processos de recebimento e expedição devem estar adequados às restrições dos alimentos:

Equipamentos
Todos os equipamentos de carga e descarga do armazém devem ser adequados ao transporte de alimentos. Eles devem possuir sistemas antivibração e serem guiados por profissionais experientes;

Transporte
É a fase mais vulnerável, na qual o produto está sujeito às maiores restrições quanto à manutenção das condições para preservação de produtos perecíveis, sejam elas biológicas, químicas ou físicas. Normalmente sai do controle do embarcador, ainda assim, os esforços devem ser feitos para conciliar com todas as restrições e condições relacionadas à preservação dos perecíveis.

Instalações prediais
Para o armazenamento de alimentos perecíveis, o ideal é que o armazém seja mantido a uma temperatura ideal para a sua preservação. Ele também deve ser higienizado constantemente, para que os riscos de contaminação sejam minimizados e devem seguir os padrões da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária);

Estocagem
Para o armazenamento de alimentos perecíveis, os gestores não devem priorizar o máximo aproveitamento do espaço do armazém. Isso porque eles devem deixar espaços entre os paletes para que a mercadoria seja ventilada e acessada adequadamente. Um ponto muito importante no armazenamento de alimentos é seguir o sistema de controle FEFO “First-Expire, First-Out” ou Primeiro que Vence é o Primeiro que Sai.

Um estudo aponta que a tendência desse mercado é apostar em alimentos com apelo saudável, com pouco ou sem o uso de conservantes. Só que neste cenário, os fabricantes exigem das terceirizadas uma apólice de seguro que garanta todo o processo de armazenagem e transporte depois de terem saído da fábrica. Sendo realizado o seguro do produto, o fabricante tem a garantia de obter indenizações em casos onde a má qualidade do produto for oriunda de erros de armazenagem e transporte.

Por todos os riscos que envolvem a operação, não é fácil contratar uma apólice de seguro para esse segmento. Assim, se torna comum que armazéns frigorificados encontrem dificuldades de aceitação ou colocação do risco em uma seguradora, pois requer cuidados ligados à higienização, controle rígido de temperatura, fornecimento constante de energia, entre outros. E isso eleva os riscos a um nível altíssimo que muitas vezes foge à capacidade técnica de uma seguradora ou do limite do seu contrato de resseguro.

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Fonte: Revista Apólice 


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