Crescimento do comércio impulsiona transporte de cargas no Brasil
A recuperação da economia brasileira no segundo semestre de 2017 já havia sido suficiente para gerar um otimismo no setor de transporte de cargas no Brasil para este ano, que apontava um aumento na movimentação de cargas em 2018. Na mesma direção das boas notícias, uma avaliação da CNT (Confederação Nacional do Transporte) baseada no relatório “Panorama da Economia Mundial”, divulgado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), vem confirmar as expectativas positivas do setor.
De acordo com os dados divulgados pelo FMI, 2017 foi o melhor ano desde 2011 em termos de expansão do PIB e comércio mundiais: cálculos apontam um crescimento de 3,7% na produção mundial e uma expectativa de crescimento de 3,9% em 2018 e 2019. Como resultado, o volume de bens e serviços transacionados no comércio internacional teve um aumento de 4,7%.
Usando o relatório do FMI como base para sua avaliação, a CNT vê os números com otimismo e aposta na retomada do setor de transporte de cargas no Brasil: “Esse crescimento gera impactos positivos na demanda por serviços de transporte. O efeito ocorre porque se elevam os deslocamentos de produtos a partir das regiões produtoras – especialmente commodities – com destino a outros países; e dos portos, quando as mercadorias vêm do exterior, com destino aos centros de consumo brasileiros”, afirma a entidade no boletim “Conjuntura do Transporte – Macroeconomia”.
Ainda de acordo com o relatório da CNT, o aumento de transações comerciais no mundo contribuiu para um resultado positivo recorde de US$ 217,7 bilhões na balança comercial brasileira: as exportações expandiram 18,5% em 2017 e as importações aumentaram 10,5%.
No entanto, a CNT orienta cautela para os profissionais e executivos do setor: “A expectativa para 2018 é de otimismo moderado, uma vez que, para dar solidez ao crescimento, o governo precisa realizar fortes investimentos em infraestrutura, prosseguir com a agenda de reformas, intensificar o programa de concessões federais, simplificar o sistema tributário e melhorar o ambiente de negócios. Essas ações terão efeitos positivos para o transporte e irão aumentar a produtividade e a competitividade das empresas, impulsionando o desenvolvimento econômico”, destaca o boletim.
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Fonte: Confederação Nacional do Transporte