Boletim da CNT analisa desempenho do setor de transportes no primeiro semestre e revela aumento na contratação em 2018
As diferentes fontes de incerteza presentes hoje na economia brasileira têm deteriorado as expectativas e a confiança de empresários e consumidores, levando ao adiamento das decisões de investimento e consumo e, portanto, freando o ritmo de recuperação no país. Mas nessa conjuntura setorial, alguns pontos merecem destaque. Primeiro, como apontado na última edição do boletim da CNT – Conjuntura do Transporte – que analisa o desempenho do setor no primeiro semestre deste ano, o setor de transporte, armazenagem e correio gerou 24,7 mil postos de trabalho com carteira assinada.
O transporte terrestre respondeu pela maior parte das contratações: 23,7 mil, número sete vezes maior do que no mesmo período do ano passado, quando foram criados 3,2 mil empregos. A maior parcela (94,9%) das novas vagas foi aberta em empresas de transporte rodoviário.
“O aumento do trabalho formal na atividade de transporte é um indicador de que o setor acredita na manutenção do crescimento da economia do país e, consequentemente, na elevação da procura pelo serviço”, avalia a CNT.
Conforme a CNT, a paralisação dos caminhoneiros no começo de 2018 não afetou somente o transporte rodoviário, mas também gerou repercussões em outros modais. Ao analisar a demanda por serviços de transporte, auxiliares do transporte e correios, o boletim aponta que o semestre fechou com alta de 0,7% de acordo com a PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), do IBGE. Porém, em maio – mês da greve –, houve queda de 7,8%.
Além disso, o ritmo de recuperação da economia brasileira também poderia ter sido mais intenso sem os impactos da greve. Ainda segundo dados analisados no boletim da Confederação, o PIB (Produto Interno Bruto) do setor de transporte, armazenagem e correio teve alta de 1,9% no primeiro semestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2017.
Fonte: CNT