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Publicado em 24/05/2018
desperdício na saúde suplementar

Como a falta de eficiência operacional pode tornar insustentável o sistema de saúde daqui a alguns anos

Impedir o aumento dos custos decorrentes do desperdício de recursos na saúde suplementar é um dos principais desafios dos gestores nos dias de hoje. Isso porque quando falamos em controle de desperdício, o setor de saúde suplementar está a anos luz do setor industrial.

Segundo estudos na área, enquanto o setor industrial trabalha com desperdícios na casa dos decimais, na área de saúde, se detectam desperdícios que consomem entre 30 a 50% de recursos financeiros associados. E infelizmente esta situação está relacionada com a forma como foi moldado o sistema de saúde e como ele foi colocado em prática – todos os envolvidos têm uma parcela de culpa, e todos podem contribuir para reduzir este problema.

E o pior é que este desperdício em diversas escalas tende a tornar o sistema insustentável em um curto espaço de tempo. Várias práticas afetam o sistema, tais como: 

  • Privilegiar o especialista ao invés do generalista, que chega a custar 60% a mais que o clínico geral, sendo que em geral em 90% dos casos o generalista poderia resolver o problema;
  • Excessos nas solicitações de exames, que mostram um índice de normalidade da saúde em cerca de 90% dos casos, ou seja, possivelmente muitos não teriam justificativa para serem solicitados;
  • Um alto índice de falta dos pacientes às consultas;
  • A falta de comunicação das informações entre prestadores de serviços médicos e operadoras, que leva à repetição de exames desnecessários em um curto intervalo de tempo;
  • Medicamentos prescritos e vendidos incorretamente ou mesmo a utilização de medicamentos caros enquanto se tem disponibilidade de outra opção mais barata e igualmente eficaz;
  • O modelo de remuneração “fee for service” vigente nos hospitais, que remunera de acordo com o serviço prestado, não considerando a qualidade do serviço;
  • Elevado índice de fraudes no sistema.

Além de gerar prejuízos e ameaçar a sustentabilidade dos setores de saúde, tais práticas elevam os custos para o prestador de serviço e não trazem nenhum benefício ao paciente. Em alguns casos, acabam até prejudicando seu tratamento e sua qualidade de vida. A lista de medidas para “salvar” o setor de saúde ainda é extensa e passa por uma maior conscientização do paciente, por ações e campanhas que indiquem os benefícios da medicina preventiva, e por medidas mais rigorosas para punir fraudes, sejam elas executadas por pessoas ou por instituições. Sem providências que possam ser tomadas “para ontem” as fraudes e desperdícios continuarão a impactar a vida dos brasileiros e ameaçar a sustentabilidade do setor.

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Fonte: Mundo RH


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